Família acredita que crime tem participação da polícia
O feirante Everaldo dos Santos, 51, foi assassinado com um tiro entre o final da tarde e início da noite da segunda-feira, 30, mas o corpo só foi localizado por volta das 19h30 pelos próprios familiares. O corpo estava ao lado da motocicleta da vítima, no povoado Adique no município de Malhador.
A família acredita que o feirante foi perseguido e acredita que o crime tenha sido cometido por policiais. “A polícia de lá é muito violenta, persegue quem tem moto e toma a moto de todo mundo que está com o documento atrasado”, desabafa o também feirante Etevaldo Silva Santos, 31, filho da vítima.
Para Etevaldo, os criminosos não tinham interesse em roubar e teriam arrastado o corpo da vítima de um local a outro. “O boné e a sandália dele estavam em um local e mais distante estava o corpo e a moto”, disse. “Arrastaram o corpo e a moto até lá porque o corpo estava por dentro onde tem arame. Se ele tivesse caído ali, tinha se arranhado todo”, conta o filho da vítima. “Só pode ser a polícia. Meu pai era trabalhador e não tinha nenhum inimigo”, comenta.
O feirante saiu de casa por volta das 17h para dar alimento aos animais. Um hábito do feirante, que também é pequeno produtor rural. Segundo o filho, ele não costumava chegar tarde em casa. “Eu disse a ele para não sair porque o documento da moto estava atrasado, mas ele foi sozinho dar comida aos bichos”, disse.
Por volta das 19h, Etevaldo ligou para a mãe e ficou sabendo que o pai não tinha retornado. “Ele não costumava demorar, então fomos atrás dele”, revela. Momentos depois, o próprio filho encontrou o corpo do pai ao lado da motocicleta que conduzia.
O Portal Infonet ouviu a Secretaria de Estado da Segurança Pública. O assessor da SSP informou que o crime será investigado pela equipe da polícia civil que atua naquele município e orientou familiares a formalizar a denúncia nas respectivas Corregedorias. Em se tratando de militar, a denúncia deve ser feita na Corregedoria da Polícia Militar e se for civil a denúncia deve ser formalizada na Corregedoria da Polícia Civil, conforme alerta da assessoria da SSP.
Por Cássia Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário