Comunidade mistura objetos à serragem para ornamentar a cidade
Tapetes decoram a cidade (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Tempos diferentes, mas a tradição religiosa não muda na cidade histórica de São Cristovão, a quarta mais antiga do Brasil. Para participar das celebrações dedicadas a Corpus Christi, a comunidade se une para colorir a cidade montando o tradicional tapete, destacando imagens que marcam os rituais católicos no mundo. Um hábito que passa de geração para geração, dando vida à festa articulada pela Igreja Católica para lembrar “o mistério da eucaristia e o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo”.
Pelo tapete colorido, os fiéis passearão em procissão, que sairá da Praça da Matriz para percorrer algo em torno de um quilômetro, passando pelas principais ruas da parte mais alta da cidade. A atividade começa dias antes com os organizadores, que se empenham para fazer a coleta da matéria-prima usada na confecção dos tapetes coloridos, que embelezam a cidade nesta época do ano.
A serragem, sempre doada por empresário do ramo de material de construção civil, costuma ser misturada com tinta xadrez para se transformar em um novo produto colorido conhecido como maravalha. Aliado a este, os fiéis desenham as imagens e saem decorando usando também casca de ovo, de crustáceos e moluscos, além de sal, areia e pó de café.
A serragem, sempre doada por empresário do ramo de material de construção civil, costuma ser misturada com tinta xadrez para se transformar em um novo produto colorido conhecido como maravalha. Aliado a este, os fiéis desenham as imagens e saem decorando usando também casca de ovo, de crustáceos e moluscos, além de sal, areia e pó de café.
Vandete: capricho nos detalhes |
“Eu já fui criada assim, faço isso desde pequena e hoje estou com 62 anos”, diz a professora Vandete dos Santos Espinheiro, que não esconde a alegria de participar dos preparativos para receber a procissão de Corpus Christi.
Antigamente, a comunidade passava a noite arrumando a cidade, confeccionando os tapetes nas ruas porque a procissão saía pela manhã. Mas há cerca de três anos, a igreja mudou o horário da procissão e a comunidade se adaptou: passou a acordar cedo para arrumar os tapetes coloridos pela manhã. “Isto é uma tradição. Os moradores sentem-se felizes em decorar as casas e as ruas para louvar a Jesus”, comenta o professor Júnior Lapa, 37, que acompanha a tradição desde os oito anos de idade. “Para mim, é uma satisfação participar desta atividade e aqui cada um vai ajudando de acordo com a experiência acumulada”, enfatiza o professor, um devoto declarado de Nossa Senhora de Fátima e de Nosso Senhor dos Passos.
Antigamente, a comunidade passava a noite arrumando a cidade, confeccionando os tapetes nas ruas porque a procissão saía pela manhã. Mas há cerca de três anos, a igreja mudou o horário da procissão e a comunidade se adaptou: passou a acordar cedo para arrumar os tapetes coloridos pela manhã. “Isto é uma tradição. Os moradores sentem-se felizes em decorar as casas e as ruas para louvar a Jesus”, comenta o professor Júnior Lapa, 37, que acompanha a tradição desde os oito anos de idade. “Para mim, é uma satisfação participar desta atividade e aqui cada um vai ajudando de acordo com a experiência acumulada”, enfatiza o professor, um devoto declarado de Nossa Senhora de Fátima e de Nosso Senhor dos Passos.
Maravalha dá um colorido especial à decoração
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O primeiro momento da celebração será a missa, que começa a ser celebrada às 14h pelo Frei Rosenildo na Igreja Matriz e, posteriormente, o cortejo segue pelas principais ruas da cidade alta, percorrendo as sete igrejas construídas no centro histórico da cidade para finalizar com mais um louvor, de volta à Praia da Matriz.
Por Cássia Santana
Por Cássia Santana
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